RECADINHOOOOOO.........

Estou de volta, mas não vou conseguir postar todos os dias. Pois o movimento da CANTINA DILDA tá bombando.


Estarei por aqui contando as novidades do mundo fashion, pois já é Janeiro e começa a temporada de inverno.


Mas, hoje vou postar algo para pensarmos. 


Venho observando aqui no restaurante as pessoas mais preocupadas em ficar no Celular ou no seu Tablet "feceboqueando" ou "twitando" e esquecendo assim de curtir o momento junto das pessoas, o momento da família em volta da mesa ou até um momento de praia ou uma festa. 
Estão mais preocupadas em mostrar aos outros o que estão fazendo, do que verdadeiramente curtir o momento.
Tudo vale!!!! Não podemos ficar sem estar plugados, mas devemos maneirar.
Curta mais a vida o seu momento junto das pessoas queridas. E não se preocupe em estar plugado 24 horas do dia.
Compartilhe coisas boas!!!!

CELULAR, SÓ LÁ FORA

                                                                    Rodrigo Stupp

Companheiro nas horas solitárias, TOC faceboqueano a cada  cinco segundos, e, agora, empata-vida nas praias e baladas. É o meu desejo. A partir deste verão, celular deveria ser que nem cigarro  em lugar fechado: quer usar, vai lá fora três minutinhos.

Com o calor quero mesmo é que agente curta menos com o like do Face. Que abrace, beije e estique o polegar de verdade.

O charme feminino ao segurar o canudo do drinque, a mão lisinha que ajeita os cabelos para trás, a troca de olhares efusivos. Nada acontece com atenção no celular.

Deitar de barriga pra cima e desenhar mentalmente nas nuvens, sentir o cheiro do mar, o vento na cara e o sol da manhã queimando gostoso, sem agredir a pele. Nada disso. Os cinco e o sexto sentido arriados.

Fica tudo enclausurado numa tela touch grandona, porque parece muito mais importante mostrar aos outros do planeta que você tuíta do paraíso, do que, de fato, estar ali.

Fulano, que está numa balada top, curtiu o status do face do Beltrano, que está em outra.

Tão boa que você tem que contar pra todo mundo, bem naquela hora?

Tá bom. Pode ser só para fazer inveja a quem está enfiado em um escritório a mil milhas da praia. Más dá para fazer isso em três minutos lá fora. O tempo de ir ao banheiro, de fumar um cigarro. Ou de um beijo estonteante- mas foi você quem escolheu tuitar, faceboquear, né?

Fim de tarde, pôr do sol que oscila entre vermelho e laranja, uma mesa cheia de gente querida. Cinco pessoas todas com os dedos nervosos, trocando torpedos e likes. A cerveja esquenta, o papo esfria.

Se as pessoas saem justamente porque querem ver, trocar, interagir, serem vistas, por que raios ficam grudadas no mobiles nessas horas?

Sem extremismo. Ligar para um amigo porque lembrou dele é saudável e eu mesmo faço isso algumas vezes. Matar saudades à beira-mar não dói. Nem um toquinho para troca de números, um torpedo simpático. Cabe naqueles três minutos. A festa pode estar uma porcaria, um mala pode encher tanto o saco que o telefone vira alvará de soltura:- Amiga, socorro!

Tudo isso é provisório, jogo de cena, que sempre fez parte do esconde-esconde social. Como dizem alguns amigos, no fim é só um pouco de educação.( Saiu no encarte Revista Verão dia 23 de Dezembro 2011)

Repense no seu momento, ainda dá tempo de curtir o verão!!!!!!

Imagem: The Glamourai